Severino Figueiredo da Silva (Biu da Serraria), 27 de abril de 1937 a 12 março de 1998.


Biu aprendeu o alfabeto em casa, passou poucos dias no aprendizado, por este motivo era considerado semi-analfabeto, pois sabia apenas assinar seu nome, e dominava muito bem a matemática com suas operações.
Homem simples e de coração grandioso, desde jovem sempre foi muito batalhador, seu carisma era indescritível, sua facilidade de fazer amigos o tornou muito conhecido e querido na cidade. Gostava de desenhar casas e arquitetar seus projetos sem nem ao menos ter cursado uma faculdade de arquitetura, ela aprendera a arte da carpintaria.
Em 1956, casou com Francisca de Sousa Silva (Dona Chiquinha) com quem viveu 42 anos. Juntos enfrentaram muitas dificuldades, mas conseguiram criar seus filhos, ele exercendo a profissão de carpinteiro e ela no lar.

Ele confeccionava móveis para os diversos lares, cancelas para as propriedades e mesas da madeira bruta, com duração ilimitada (pois desde sua chegada por aqui algumas pessoas ainda possuem móveis fabricados por Biu da serraria). Construiu o seu prédio com suas próprias mãos, auxiliado por alguns amigos. Quando chegaram em Pombal, eles já tinham filhos, e Deusiene (In memória, sua filha caçula na época, partiu aos 5 anos de idade com problemas cardíacos).
No dia 01/01/1978 nasceu sua 10ª filha, mas no dia 08/01/1978 sua primogênita Cleunice, partia para a eternidade, durante uma cirurgia, na qual ela estava para dar a luz a duas crianças, que viriam a ser as primeiras netas de Biu e Chiquinha. Seria, isso porque, infelizmente nenhuma das duas sobreviveu. Para o casal veio 05 anos depois a caçula, Fernanda agora somando 09 filhos: Zezinho, Doda, Nenêm, Nêgo (seu sucessor nos negócios), Diene, Aninha, Nega, Cleusidene e Fernanda Karla, todos educados com muito amor e dedicação sem falar nos netos e bisnetos.
Uma particularidade de Biu é o fato de que todos os domingos ele saia para pescar com os amigos e familiares, e quando a pesca era boa, dividia os peixes com toda a vizinhança. Já no Natal, os aniversários dos familiares e amigos era motivo de festa ele tinha carisma.
Uma das qualidades que possuia, era ser caridoso com as crianças. Qualquer criança que se aproximasse dele, já recebia brindes como um pão e/ou dinheiro, além de ajudar muito aos carentes. Por este motivo tantas famílias o tomaram por padrinho para os seus filhos.
Vítima do diabetes parou de trabalhar em meados de 1997, e após uma parada cardíaca, teve sua vida ceifada, sem espaço para despedidas.
A Severino (Biu da Serraria), o meu muito obrigado! A sua dedicação e empenho na arte que que te foi concedida, e a atenção dada na transformação da madeira, deu a peças simples um valor sentimental, aquecido nas famílias que as usufruíam, nesta Pombal ou em outras praças. Que Deus te dê a recompensa e também a paz.
Texto, Fernanda Karla Sousa Figueredo com contribuições de Paulo Sérgio.
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